O Clube

O esporte que está retornando com força total às quadras de Pato Branco e do Paraná, e que em breve certamente estará em destaque também em nível nacional, possui uma bonita trajetória na capital do Sudoeste, principalmente a partir do final da década de 1980, quando passou a ser tratado com mais profissionalismo e seriedade por seus entusiastas. 1989, aliás, é o ano que marca a formação da equipe comandada pelo Professor Belmar Ramos Júnior para a disputa dos jogos abertos, e mesmo com pouco tempo de preparação o time de Pato Branco finalizou a competição como vice-campeão. Em 1990, mais uma vez optou-se pela montagem de um time apenas para a disputa dos jogos abertos, que, naquele ano, foi disputado na cidade de Toledo. Em 1991, Belmar transferiu-se de Curitiba para Pato Branco, passando a coordenar um projeto que incluia, além de equipes formadas para a disputa de competições, um trabalho de base, com vistas à formação de uma nova geração de atletas e entusiastas do basquetebol.

O projeto iniciado em 1991 criou uma geração de apaixonados pela modalidade em Pato Branco. Entre os diferenciais do trabalho realizado naquela época, um forte trabalho de formação, que começava com as escolinhas, estendendo-se para as demais faixas etárias de categorias de base. O trabalho comandado por Belmar estimulou o surgimento de outros times e projetos na cidade, destacando-se, entre outros, o time comandado por Natan Bertol, já no início dos anos 2000, e o projeto que tinha a frente Darlan Buzatto, que, durante alguns anos, desenvolveu um importante trabalho de formação de atletas com alunos do antigo Cefet. Dos grandes jogos e times da época, restou um legado de títulos e conquistas em disputas de Jogos Abertos e Jogos da Juventude, apenas para citar duas das principais competições nas quais as equipes de Pato Branco faziam bonito nas quadras.  Entre os títulos conquistados, Belmar recorda das conquistas na categoria adulto nos Jogos Abertos, em uma disputa que coloca Pato Branco com uma das três principais forças do basquete paranaense, condição que gerou encontros históricos com as equipes de Londrina e Ponta Grossa, mesmo que os orçamentos, como recorda Belmar, fossem muito menores que os das duas outras forças do esporte no Estado.

O novo projeto, que busca não só resgatar os grandes momentos do basquete local, mas também projetar títulos e voos ainda maiores, deve muito a pioneiros como o saudoso Nestor Ostapiv, professor de Educação Física que, entre outras modalidades, dedicava-se a montar times amadores de basquete, o Professor Tarcísio, que, embora leciona-se história, era um entusiasta do esporte e Belmar Ramos Júnior, que profissionalizou a prática do basquetebol em Pato Branco. Mas a hora, agora, é de olhar para o futuro.